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meditações coreográficas

20 março 2015

Baixo Libertas | Bixiga | Sampã

Abertura dos trabalhos no Baixo Libertas, nosso primeiro rito coreográfico ali, em abertura ao público ao coro. Celebração da chegada do outono em dia de superlua nova. Colheita dos frutos, início do recolhimento, dia de meditações coreográficas. Dia de fazer uma limpeza mais pesada do espaço com sal grosso e defumação.

Esse rito celebrava também a confluência com o Terreyro Coreográfico do projeto Ambargris da Andreia Yonashiro, artista estrutural do Terreyro, em parceria com a Bárbara Malavoglia, que se tornou mais tarde artista estrutural do Terreyro também. O Ambargris oferecia aulas de dança gratuitas na FUNARTE e com o fim da ocupação as aulas puderam ter continuidade no baixo.

Fez parte do rito o lançamento do site do Terreyro, e um jogo público de I Ching, o livro sagrado das mutações, para sabermos qual o hexagrama que estava regendo o nosso trabalho. Para nossa surpresa saiu o hexagrama 33, Yi, que significa nutrição, alimentar e ser alimentado, em seus vários sentidos, mais literais, mas não só. Além de estar totalmente condizente com os caminhos que estávamos abrindo ali naquele rito, o próprio desenho do hexagrama, composto por linhas contínuas em suas bordas e quatro linhas cortadas no seu interior, que correspondem exatamente com a planta baixa do Baixo Libertas, com muros nos seus limites nas ruas Abolição e Major Diogo, e oito pilares internos que formam em pares as linhas cortadas do desenho.